O SENPA manifesta seu apoio ao movimento indígena e greve do Sintepp, em defesa da educação no estado do Pará.
Tratam-se de movimentos pacíficos e legítimos. A greve dos servidores da educação se constitui num direito fundamental, assegurado pela Constituição Federal, em seu artigo 5º, que iniciará dia 23/01 para protestar contra as mudanças na educação indígena.
Não se pode aceitar que uma lei, como a 1.0820/2024, que causa graves impactos e prejuízos aos servidores e a comunidade escolar, seja instituída sem qualquer diálogo com os interessados.
A mobilização dos servidores, dos povos das águas e das florestas evidencia a insatisfação em toda rede estadual de ensino, que merece atenção e respeito.
O Senpa repudia veemente também às recentes mudanças no sistema modular de ensino da educação indígena no estado do Pará, que substituíram professores presenciais por aulas gravadas. Essa medida configura um retrocesso inaceitável na garantia de uma educação inclusiva e de qualidade.
Substituir o ensino presencial por aulas gravadas é desconsiderar a importância da presença do professor, que é essencial para assegurar a troca de saberes, vivências, diálogo e respeito à diversidade e cultura das comunidades, colocando em risco o desenvolvimento educacional das populações indígenas.
Não aceitaremos retrocessos nos direitos conquistados e continuaremos a lutar por uma sociedade mais justa e respeitosa das diferenças.