Luta dos enfermeiros é defendida por Antonia Trindade no Congresso da CSB

Publicado em: 03/03/2016
Assunto: Notícias
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03 de Março de 2016

O II Congresso da CSB terminou na tarde do dia 26 de fevereiro com a aprovação de seis moções, que, entre outras pautas, reforçam apoio às causas dos taxistas, trabalhadores da saúde (enfermeiros) no Sistema Único de Saúde (SUS), frentistas, contra a terceirização dos trabalhadores do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado do Mato Grosso (INDEA – MT) e contra o corte de trabalhadores concursados celetistas da Universidade Federal de Alagoas.


A moção de repúdio do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado do Mato Grosso (Sintap – MT) reafirma a ilegalidade do Projeto de Lei 334/2015, que dispõe sobre a terceirização na inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal. “A questão da inspeção sanitária animal é uma questão de saúde pública, ela não pode ser feita por trabalhador terceirizado que não possui compromisso com a garantia de saúde e qualidade. Apresentando essa moção aqui, nós queremos que os representantes sindicais levem aos seus municípios essa nossa luta. O PL 334 põe em risco postos de trabalho e a saúde do trabalhador”, afirmou Diany Dias, presidente do Sintap- MT e vice-presidente da CSB.

Antonia Trindade, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Pará (SENPA), foi a oradora da moção de solidariedade aos trabalhadores da área da saúde do SUS. “Nós queremos que o Projeto de Lei 2295, que fixa em 30 horas a carga de trabalho semanal de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras, seja aprovado com celeridade. A enfermagem hoje tem mais 2,5 milhões de trabalhadores que estão adoecendo devido à precarização das condições de trabalho. Quem cuida da nossa saúde está doente. Precisamos que os sindicalistas se unam nessa causa”, afirmou.

Jogelson Veras, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Púbico Federal no Estado de AlagoasCSB_26.02_baixa res. (100) (SINTSEP/AL), foi o responsável por apresentar a moção de repúdio à reitora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Valeria Correia, que está promovendo a discórdia entre servidores do Hospital Universitário. “Essa magnífica reitora tem promovido o terrorismo psicológico aos servidores do regime celetista dizendo que vai demitir os 730 servidores concursados que não estão no regime estatutário. Ao todo, o hospital tem 1.100 funcionários. Caso os celetistas sejam demitidos, haverá um problema muito sério nos atendimentos médicos que ficarão defasados. Isso não pode acontecer”, relatou Veras.

Na moção em defesa dos taxistas, o diretor do Sindicato dos Taxistas de Fortaleza (Sinditaxi), Francisco Moura, defendeu que todos os trabalhadores brasileiros devem se posicionar contra o UBER, aplicativo de celular que oferece transporte em carros particulares e é conhecido como “carona remunerada”. “Nós somos contra a tudo que for ilegal, e o UBER é ilegal, não deixa ser um táxi pirata. Esse aplicativo não segue as leis brasileiras, nem o Código Brasileiro de Trânsito, nem a lei estadual, nem a lei municipal. Nós, taxistas, estamos dentro da lei. Eles estão fora da lei”, disse.

O diretor da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO), José Porcino, pediu o apoio do movimentoCSB_26.02_baixa res. (105) sindical para que a profissão de frentista não seja extinta. “Os donos de postos querem acabar com a nossa categoria. São 600 mil profissionais em todo o Brasil que correm o risco de perder o emprego caso seja implementado o sistema de “self atendimento” nos postos de gasolina. Isso não pode acontecer”, argumentou.

Durante o evento também foi proposta moção de aplausos em reconhecimento ao II Congresso da CSB, promovida pelas seguintes entidades: Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, Sindicato de Empregados de Edifícios de Niterói, Sindicato dos Guardadores de Automóveis de Niterói, Sindicato de Rodoviários de Niterói e São Gonçalo e Sindicato da Saúde de Niterói.