A duas semanas das eleições municipais, as irregularidades de campanha se multiplicam pelo Brasil. O Tribunal Superior Eleitoral já identificou 40 mil doações com indícios de irregularidades.
Os crimes mais comuns foram: propaganda irregular, compra de votos, uso da máquina pública e pesquisas eleitorais sem registro.
Outro problema são as doações ilegais, nesta primeira campanha em que as empresas não podem contribuir. O Tribunal Superior Eleitoral identificou mais de 38 mil doadores com indícios de irregularidades no país – um terço do total.
No Pará, as denúncias são recebidas pelo Comitê de Combate à Corrupção Eleitoral, que funciona em uma sala no Centro de Belém. Os atendentes já receberam mais de duas mil denúncias por telefone e pela internet. Apenas 10% delas são descartadas por falta de informação mais consistente. Os outros 90% são enviados para o Ministério Público. A maioria das denúncias está relacionada à propaganda irregular.
Depois de receber tanta reclamação dos moradores, o juiz eleitoral de Itaituba, no oeste do Pará, foi para a rua com um aparelho para medir o nível de barulho dos carros de som. Seis motoristas circulavam com o volume bem acima dos 80 decibéis permitidos pela lei.
”Estamos encaminhando para o cartório eleitoral. Lá, o sujeito vai receber notificação para tomar ciência e responder se vai ser aplicada multa ou não, disse o juiz Claytonei Ferreira.
Na internet também tem vigilância. Já teve gente denunciada por publicar na rede social uma pesquisa de intenção de voto que não estaria registrada no Tribunal Regional Eleitoral.
O Ministério Público e a Justiça não vão nunca estar presentes em todos os locais onde podem acontecer abusos. Então se a população que está lá, vendo alguma coisa errada acontecer e tiver meios para fazer com que essa notícia chegue aos órgãos destinatários, isso é muito bom, o objetivo é esse, disse o procurador da República Bruno Valente.
Com informações: Bom Dia Brasil
