SEMINÁRIO DAS CENTRAIS SINDICAIS NO PARÁ IRÁ DEBATER A PROPOSTA DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Publicado em: 28/01/2019
Assunto: Notícias
Tempo de leitura: 3 minutos

A CGTB Pará juntamente com outras centrais sindicais estão organizando com um seminário sobre a reforma da Previdência, que acontecerá no dia 08 de fevereiro, dos  Sindicato Urbanitários às 14h.

Estão com a presença confirmada para palestrar sobre o tema, autoridades politicas do Senado Federal, Deputado Federal e especialistas da área previdenciária .

Para a presidente da CGTB Pará, o momento é de conscientizar os trabalhadores “A Reforma da Previdência que o governo Bolsonaro quer implantar no Brasil, é outro grande retrocesso ao povo brasileiro, cujo propostas são danosa principalmente para as mulheres e para os trabalhadores rurais. As gravidas e os demais trabalhadores sofreram os impactos irreversíveis deste retrocesso”. Disse

Mediante a esta conjuntura que passa o Brasil, a CGTB Pará tem por objetivo a conscientização dos trabalhadores para os sérios riscos que estão sofrendo com o projeto sobre a reforma da previdência do Governo Bolsonaro. Todos os servidores publico e os regidos pela CLT (privado) em especial os enfermeiros estão convidados para este momento que acontece no auditório do Sindicato dos Urbanitários, na Av Duque de Caxias, 1234, no bairro do Marco.

 

Veja abaixo a nota da CGTB Nacional:

BOLSONARO FABRICA DÉFICIT NA PREVIDÊNCIA

PARA EXTERMINAR COM OS APOSENTADOS E LOCUPLETAR BANQUEIROS

 

A Previdência pública brasileira é superavitária. Ou seja, se respeitadas as verbas constitucionalmente destinadas a ela – contribuição do trabalhador, do patrão (sem as desonerações da folha de pagamento) e a contribuição do governo (formada pela Confins, PIS, Contribuição sobre o Lucro Líquido, entre outros) -, entra muito mais recursos do que se gasta.

 O déficit monstruoso de 300 bilhões em 2017 é fake news espalhado pelo Guedes, ainda mais esganado que seus antecessores, para justificar assalto dos bancos aos recursos da aposentadoria, 800 bilhões de reais por ano. Essa gente, Meirelles, Levi e, agora, o Guedes são todos farinha do mesmo saco, bastardos de banqueiros.

Para fabricar o déficit, desconsideram os desvios através da DRU, Desvinculação das Receitas da União, de 30% da CONFINS, do PIS e da Contribuição sobre o Lucro Líquido, impostos que pertencem constitucionalmente à Previdência, que derrubou, em 2017, as entradas em 111 bilhões de reais da parte que cabia ao governo pagar. Ou os 46 bilhões, segundo a Associação dos Auditores Fiscais, correspondente ao rendimento financeiro dos fundos da Previdência que o governo embolsa. Ou ainda, os 40% do PIS que financiam o FAT, mas que pertencem à Previdência.

Do outro lado, colocam na conta da Previdência os gastos com a reforma dos militares, que nem sequer descontam para aposentadoria, com os servidores e policiais civis e militares do Distrito Federal, que as contribuições, inclusive, entram no orçamento de Distrito Federal, além de incluir indevidamente o regime dos servidores públicos.

Da parte dos patrões, o rombo fabricado foi de 141 bilhões só em 2017, que a Previdência deixou de arrecadar com a desoneração da folha de pagamento, na maioria, de multinacionais.

Mesmo com as desonerações na Folha de Pagamento, a Previdência foi superavitária em 2013 em 79 bilhões, 2014 em 57,6 bilhões e 11 bilhões em 2015. E, a realidade é que a Previdência continuou superavitária em 2016 e 2017, considerados os 137 bilhões desonerados da folha de pagamento de 2016 e os 141 bilhões de 2017, na maioria de multinacionais, mais que suficientes para fazer frente à diferença de 55 bi em 2016 e 57 bi em 2017 motivados pelo brutal desemprego e pela queda de arrecadação.

Não apresentaram um projeto ainda, mas falam em aumentar a idade mínima da aposentadoria para 65 anos. Falam em acabar com a Previdência Pública e instituir o sistema de capitalização. Patrões e governo deixariam de contribuir para a Previdência. O fardo ficaria todo no lombo do trabalhador. Estão copiando o sistema falido do Chile, criado pelo ditador sanguinário Augusto Pinochet, em 1980. Lá o trabalhador contribui a vida toda com desconto de 10%. O resultado é que 90% dos aposentados ganham 60% do salário mínimo. Esse sistema criminoso provocou taxa recorde de suicídios em idosos de mais de 80 anos. Deve ser isso que consideram privilégio: o trabalhador ganhar pelo menos o salário mínimo.

A Previdência é uma das maiores conquistas dos trabalhadores brasileiros. É o maior instrumento nacional de distribuição de renda. Vamos erguer uma barreira de resistência a esse crime contra os mais velhos.

Viva a unidade dos trabalhadores!!

Executiva Nacional da CGTB